O Bitcoin continua sendo a principal recomendação, embora outras altcoins também tenham conquistado destaque

O Bitcoin (BTC) encerrou o mês de maio em forte alta, com uma valorização próxima de 11%. Esse desempenho foi impulsionado por uma combinação de fatores, incluindo o aumento do interesse institucional por meio de ETFs, avanços no cenário regulatório dos Estados Unidos e declarações públicas favoráveis de Donald Trump ao setor.
Atualmente cotado na casa dos US$ 104 mil nesta segunda-feira (2), o ativo continua em trajetória ascendente. Entre as dez instituições consultadas pelo InfoMoney — incluindo exchanges, plataformas cripto e empresas de análise —, sete recomendam manter o BTC em carteira tanto para o mês de junho quanto como investimento de longo prazo.
“A proposta do Bitcoin como uma espécie de ‘ouro digital’ ganha cada vez mais relevância diante da maior adoção institucional, com alguns estados norte-americanos considerando a criação de reservas estratégicas de BTC e discussões envolvendo uma eventual reserva federal”, afirma Valter Rebelo, head de criptoativos da Empiricus.”
O otimismo não está restrito apenas ao Bitcoin. Diversas outras criptomoedas também vêm ganhando destaque nas recomendações do mercado. A seguir, apresentamos as cinco principais moedas digitais mais indicadas para este mês — todas elas aparecem em pelo menos três diferentes carteiras de investimento.
Bitcoin (BTC)
A maior criptomoeda do mercado atingiu uma nova máxima histórica em maio, consolidando-se como um ativo importante para monitorar, destaca Beto Fernandes, analista da Foxbit. Segundo ele, o otimismo em relação ao Bitcoin reflete seu desempenho recente. “Não é por acaso que os fluxos de capital permanecem constantes, com os ETFs registrando aplicações em níveis que não eram vistos desde novembro do ano passado”, comenta o especialista.
Ethereum (ETH)
As perspectivas para o Ethereum, a segunda maior criptomoeda do mercado, são otimistas, com analistas prevendo a possibilidade de ultrapassar a marca dos US$ 3.000. Guilherme Fais, head de finanças da NovaDax, explica que o ativo está formando um padrão de triângulo ascendente, com suportes situados em US$ 1.880 e US$ 2.800, e resistências nos níveis de US$ 2.800 e US$ 3.000. O Ethereum se beneficia da crescente preferência institucional e dos avanços contínuos em seu ecossistema, especialmente após a migração para o algoritmo Proof-of-Stake.
Solana (SOL)
Rony Szuster, head de research do Mercado Bitcoin, acredita que a Solana terá um desempenho positivo em junho. Entre os motivos para essa expectativa estão as mais de 210 aplicações descentralizadas já operando na rede, que permitiram que o valor total bloqueado (TVL) atingisse US$ 18 bilhões, posicionando a Solana como a segunda maior blockchain nesse indicador. Além disso, o ativo pode em breve contar com um ETF à vista na bolsa americana, o que poderá incluir a funcionalidade de staking — uma forma de renda passiva —, ampliando significativamente o interesse de investidores institucionais.
Aave (AAVE)
Israel Buzaym, Country Manager da Bybit Brasil, aponta que a Aave é um dos tokens com maior potencial de recuperação quando o mercado entrar em uma tendência mais forte de alta. Isso se deve à sua capitalização menor e à maior assimetria de valorização em ciclos positivos, em comparação ao Bitcoin. “Este é um momento oportuno para traders atentos, que buscam oportunidades de curto prazo. Correções profundas em tokens tecnicamente relevantes abrem espaço para operações com potencial de ganhos exponenciais”, destaca o especialista.
Uniswap (UNI)
No último ano, a Uniswap passou por atualizações que aprimoraram sua escalabilidade e reduziram as taxas, refletindo positivamente nos seus resultados. De acordo com a plataforma DeFiLlama, o volume movimentado pelo projeto ultrapassou US$ 73 bilhões em maio, representando um crescimento superior a 30% em relação a abril. “Considerando a adoção crescente, as melhorias técnicas e a relevância institucional, a Uniswap figura entre as criptomoedas mais promissoras para junho, com potencial real de valorização no curto e médio prazo”, destacou Taiamã Demaman, líder de research da Coinext, em relatório recente.